O arco de Skypiea inicia-se no capítulo 237 do mangá, equivalente ao episódio 153 do anime, com os Chapéus de Palha evitando confronto com os Piratas do Barba Negra e finalmente alcançando o Oceano do Céu através da Knock Up Stream ━ chamada também de Corrente Avassaladora e Tsuki Age Ru Kairyu. Até a entrada dos personagens no portão de Skypiea, tivemos a introdução de diversos elementos novos e complexos na obra. Então antes de mergulhar na análise, queremos fazer uma breve introdução desses elementos iniciais e da forma como o Oda apresenta-os, já que construíram Skypiea como ilha e como arco.

Esta corrente colide diretamente com as Emperonimbus:

Um tipo antigo de nuvem fossilizado que acumula-se muito alto no céu, não criam correntes atmosféricas e nem precipitam. O único local que suportaria alguma estrutura fenomenal; o único lugar onde a Ilha do Céu poderia estar localizada ━ e realmente estava.

Ao aterrissarem estrondosamente naquele território inexplorado, eles deparam-se com um oceano totalmente coberto por nuvens brancas. Apesar de estarem em meio às Emperonimbus, o log pose de Nami ainda apontava para cima, indicando que havia algo mais. Os primeiros momentos do bando nesta nova aventura foram amedrontadores: Usopp mergulhando no Oceano do Céu que não possuía fundo, um animal marinho assustador parecido com um linguado seguindo-o e, também, atraindo um enorme polvo que focava sua atenção ao Going Merry. Um peixe aéreo entra na calça de Usopp, que fica apavorado! Robin pega o animal e, ao examiná-lo, percebe que era o mesmo “peixe misterioso” que Noland havia descrito em seu diário.

Antes de sequer terem a chance de continuar a análise, Sanji temperou o animal e Luffy teve a proeza de prová-lo. Enquanto a discussão começava, Chopper, através de um binóculo, acaba encontrando um outro navio pirata em meio àquela imensidão branca e detalhe, o navio não estava só. A frente dele, uma silhueta surgia.

Note a apresentação de um ambiente totalmente inovador em One Piece através das falas de Sanji e do próprio bando, espantados com as criaturas nunca antes vistas ou faladas. É possível identificar também uma mísera dica do que estava por vir justamente no capítulo final ━ uma espécie originalmente da Ilha do Céu, o Polvo-Balão.

Um ponto muito forte de Skypiea é justamente ser um dos arcos nos quais Oda mais se dedicou em dar as devidas explicações aos elementos e eventos inseridos.

E com isso vamos ao último elemento necessário para uma introdução perfeitamente intrigante, sendo a apresentação de dois personagens, um ameaçadora racionalmente humana ━ até este momento e um possível aliado. Já havíamos sido apresentados aos perigos naturais desse novo ambiente e agora, com novos personagens, diversos caminhos abrem-se para a história que compõe Skypiea.

Chopper presenciou a explosão do outro navio pirata. A silhueta, que na verdade era uma pessoa estranhamente armada, correu sobre as nuvens e seguiu em direção ao seu próximo alvo, o Going Merry. Ao ser indagada por Sanji sobre o que queria, respondeu simplesmente “eliminá-los”.

Observando o design escolhido por Oda para construir essa figura, pensamentos como “Por que quer eliminá-los?” e “Suas vestimentas parecem tribais, qual será a sua origem?” surgem em nossa mente. Então, é possível perceber que o autor praticamente preparou todo o campo narrativo do arco já no primeiro capítulo do mesmo.

Esta mesma figura, além de apresentar uma estética própria e muito diferente do que vimos até então, apresenta uma velocidade muito grande e um alto conhecimento de batalha, conseguindo derrubar tanto o Zoro quanto o Sanji de uma vez só. Então, nesse momento somos apresentados ao segundo personagem surpreendente: um homem idoso vestido de cavaleiro e montado em um enorme pássaro rosa que chega para salvá-los ━ o cavaleiro do céu, Gan Fall, e Pierre.

Um problema que atrapalhou a defesa dos Chapéus de Palha durante o ataque anterior, elemento este pontuado por Robin, foi o ar de Skypiea ━ diferente e extremamente rarefeito, afinal eles estavam no White Sea, localizado 7 mil metros acima do Blue Sea. Gan Fall ainda informa que existe o White White Sea, a 10 mil metros do Blue Sea. O personagem nesse momento ainda nos explicita mais uma diferença em relação ao Blue Sea: a moeda. Em Skypiea eles não usam os Berries e sim os Extols, que equivale 1/1000 de Berrie.

Descobrimos que há uma outra entrada na Grand Line que dá acesso ao White Sea, o Highwest, e a partir dela se passa por uma ou duas ilhas até chegar ao portão principal de entrada. Pouquíssimas pessoas corajosas pegam a corrente para subir aos céus. Antes de ir embora, o cavaleiro entrega um apito para os Mugiwaras. Eles só podem usar uma única vez gratuitamente e, quando decidirem, ele aparecerá para ajudá-los. O cavaleiro normalmente oferece esse apito para os estrangeiros que estão chegando na ilha, e para isso cobra 5 milhões de Extols (500 Berries). Para finalizar a participação de Gan Fall e Pierre nessa introdução, ele nos diz que o pássaro tem os poderes da Uma Uma no Mi, portanto se transforma em um cavalo alado, um pégaso, ou seja, mais uma pista de que nos céus eles também tem o conhecimento das Akuma no Mi

A Lagosta Expressa do White Sea é como um túnel de estrutura anormal, possuindo uma única direção: a entrada de GODLAND (Lar de Deus), Skypiea. O canal artificial que atravessa a Lagosta Expressa é chamado de Milky Road. Logo, os Milky Road são nada mais nada menos que vias artificiais fabricadas a partir de nuvens.

“De acordo com o relatório da vigia do Portão do Céu, Amazona, 7 imigrantes ilegais acabaram de entrar em Skypiea, a terra de Deus. É solicitado o julgamento dos céus, por Deus todo poderoso, e por seus Shinkans.”

É assim que somos introduzidos ao misterioso mundo de Skypiea, aparentemente uma terra de Deus e lotada de elementos novos e muito diferentes dos quais estávamos acostumados. Já que os Chapéus de Palha, após entrarem pelo portão, foram arremessados com a lagosta expressa para o White White Sea, vamos com eles analisar este arco TÃO especial!