Reverie OPEX #20

“Tudo que o homem consegue imaginar é algo que pode acontecer”

Por COMENTÁRIOS

E chegou o Reverie OPEX para vocês, e olha só que sensacional, este texto é dedicado justamente aos fãs e ao fandom de One Piece! A partir de agora, todos os Reveries de número cheio (20, 30, 40…) serão de um tema mais alternativo, justamente para sair um pouquinho só daquilo que todos nós já fazemos muito: discutir a história do Oda. E para começar essa nova jornada, nada como homenagear um dos trechos que eu considero mais fodas do mangá, que é o título do Reverie de hoje. Eu adaptei um pouco a frase para não ficar um título enorme, mas ela aparece no capítulo 218!

E como uma entusiasta da cultura fã, me veio a ideia de falar um pouco sobre as criações do fandom de One Piece. Um Reverie como esse não é o bastante para abranger a riqueza que é a criação fã, por isso durante o texto vou citar algumas fontes para quem quiser ler mais. Antes de mais nada queria agradecer ao Felipe do canal dos Chapéus de Palha por ter me dado o livro Invasores do Texto[1] que usarei de referência nesse Reverie!

    Skypiea carrega a crença de acreditar na existência de algo real que muitos duvidam. Por isso acredito que podemos imaginar também muitas resoluções para história e ver no que vai dar!

Mais ou menos desde 2005/2006 o fandom de One Piece começou a surgir no Brasil de maneira mais apresentável, justamente pelo maior uso da Internet para compartilhamento de arquivos. Desde então, toda a participação do fandom só aumentou. Não vou entrar em tantos detalhes aqui, mas é importante dizer que ferramentas como o IRC foram mega importantes para que pessoas de diferentes lugares pudessem ler mangás (inclusive OP) no Brasil. E redes sociais como Orkut e fóruns foram ainda mais importantes para juntar um bando de nerd lindo que gostava de historinhas japonesas maravilindas. Apesar de serem mecanismos um tanto datados, qualquer parte histórica de um subgrupo é interessante de conhecer mais afundo.

E essa prática de discussão entre fãs de uma mesma mídia se tornou um objeto de estudo nos EUA muito mais cedo do que aqui no Brasil, que ainda sofre um pouco com a falta de estudos culturais sobre o tema, mesmo tendo riquíssimos aspectos em relação ao fervor da audiência/público de novelas, games e até seriados/filmes. Enfim, o fato é que lá nos EUA, ainda na década de 1980 (gente, estamos falando de quase 40 anos) os pesquisadores começaram a ver que fãs de Jornada nas Estrelas e Star Wars podiam ser objetos de estudo[2]. Enfim, para ajudar a entender o conceito de fandom, acho importante colocar uma citação direta aqui:

O fandom organizado é, talvez acima de tudo, uma instituição de teoria e crítica, um espaço semiestruturado onde interpretações concorrentes e avaliações de textos comuns são propostas, debatidas e negociadas e onde os leitores especulam quanto à natureza da mídia de massa e sua própria relação com ela. (JENKINS, 1992, p. 100)

Mas o que exatamente é essa prática[3]? Da mesma forma que o fandom faz hoje em dia com One Piece, discutindo os rumos da história, personalidades de algum char, teorias possíveis, grandes descobertas e easter eggs, os fãs da época se juntavam, mesmo sem usarem a Internet, e faziam fã-clubes para discutir as histórias clássicas, personagens, o que gostavam ou não. Na época isso foi um choque, cada vez mais apareciam pessoas “esquisitas” que devoravam os episódios diversas vezes e se tornavam verdadeiros experts nos seriados! Por isso, os primeiros estudos foram estranhos também, pois eram feitos com um olhar externo, sem entender bem o objetivo desses fãs (até por isso havia um preconceito de que fãs eram apenas viciados e tinham um pseudoconhecimento, pois gostavam de entretenimento). Até que apareceu Henry Jenkins, que juntou as bases de todos os estudos anteriores, se integrou no fandom por ser um entusiasta da cultura pop e se tornou um dos maiores pesquisadores da área.

Hoje também é dia de prestar homenagem a todos os artistas que criam fanarts de todos os tipos!

Antes de mais nada só é preciso separar a “cultura fã” do “consumo midiático”. A cultura fã faz parte de uma cultura ativa, que cria, que discute, que é participativa. Um leitor de One Piece que apenas compra o mangá e gosta da história, é um “fã individual” que não está dentro dessa lógica de participação, portanto, ele é um consumidor da mídia, mas não do fandom.

Não sei se chegaram a ler o Reverie sobre os 3 tipos de haki, mas naquele texto eu deixei claro que iria questionar do começo ao fim, pois fazer isso traz mais discernimento das coisas e não nos faz menos fãs. Acreditem, esse tipo de pensamento era muito difundido no fandom de Jornada nas Estrelas, como explica Verba, fã da série: “criticar Jornada nas Estrelas, significa que a apreciamos o bastante para querer que seja a melhor possível, e apontamos suas falhas na esperança de melhorias”. Claro que somos meros leitores e espectadores de One Piece, Oda não sabe nem ler português, portanto, o que queremos praticamente não faz diferença, mas vale a reflexão sobre apreciar a obra mesmo sendo crítico.

O fandom não é só um grupo de pessoas que amam uma mídia específica, mas há discussão, críticas positivas ou negativas, e tudo isso pode trazer ambientes instáveis ou saudáveis. É exatamente o que também acontece no fandom de One Piece. Há teorias que não são tão coerentes, mas não deixam de ser discutidos, assim como polêmicas que desestabilizam qualquer debate. Teve um texto que fiz um tempo atrás sobre tipos de fãs, complementa um pouco esse trecho.

       No fim, tentem ser um pouco como o Luffy, o idiota que às vezes é sério e manda bem em alguns ensinamentos!

Enfim, e a cultura fã não deve ser resumida à teorias, discussões e debates em grupos ou vlogs e podcasts. Eu escrevo o Reverie toda semana, mas existem fãs que se sentem bem expressando sua participação em artes, como as fanarts, e fãs que preferem criar histórias paralelas ao cânone, como as fanfics. Esse tipo de criação é igualmente rica no que tange a prática fã. Se qualquer um aqui entrar no Nyah Fanfction agora vai se deparar com milhares de histórias que fãs criaram de One Piece. Eu mesma já escrevi algumas, pois utilizava como forma a desabafar pensamentos que rodeavam minha mente e precisava botar pra fora. A prática da escrita amadora/fã tem seu valor no momento que isso incentiva a leitura e a escrita. Em um país como o nosso, que em geral a leitura não é prioridade, é um belo começo, não é?

Nas décadas de 1970 e 80, as fanzines (fanfics impressas e vendidas a preço de custo) eram o principal meio de distribuição de textos, pois a Internet mal era comercial[4] na época. Essa prática nos EUA era muito comum e unia ainda mais os fãs, que ajudavam escritores a melhorarem, que concordavam com interpretações diferentes sobre uma mesma história e, principalmente, conseguiam expressar em texto o que gostariam de ter visto na mídia original, não como forma de diminui-la, mas para mostrar que aquele universo podia ser ainda mais rico. Inclusive aqui no Brasil isso aparece nos eventos de cultura japonesa ainda, o próprio Júnior Fonseca, fundador da editora NewPop, começou sua carreira criando fanzine[5]. E no Japão, há a famosa Comiket[6]!

Esses aspectos do estudo de Jenkins também são muito importantes para o fandom de One Piece. Imaginem que qualquer pensamento sobre o que houve no treinamento de dois anos de cada mugiwara pode render uma fanfic, levando em consideração aquilo que o Oda construiu. Nami melhorou seus aspectos de navegação e clima, e em uma fanfic essa evolução pode ser mais detalhada, por exemplo. No caso, a intenção não é distorcer a história do Oda, mas sim detalhar momentos que tragam maior riqueza para um personagem.

Olha aí, essa é uma arte do Iury Padilha, que criou para uma fanfic que eu estava fazendo uns anos atrás

E são nesses tipos de “espaços” (fanfics e fanarts) que escritores e artistas também possuem a liberdade de criar algo em que se sentem representados. Jenkins fez uma pesquisa enorme em grupos considerados minorias para entender a criação de diferentes textos. Negros e mulheres criticavam mais pontos em Jornada nas Estrelas, por exemplo, por não se sentirem representados. Eles viam que personagens femininos e negros (no caso, tanto homem quanto mulher) saíam da linha secundária para nem aparecerem mais ou fazerem algo significativo. Mesmo que, em certos momentos eles fossem fortes (seja intelectualmente ou fisicamente) e importantes, em outros eles caíam em estereótipos complicados que frustravam boa parte desses fãs. E aí, como ainda era uma época em que fãs tinham pouca voz[7], eles criavam suas fanzines para poder recriar os personagens, é o que Jenkins chama de “Refocalização”[8]. Claro, a maioria dos fãs utilizam boa parte do cânone para iniciar uma história, e isso que é importante, eles utilizavam o próprio seriado para poder mostrar que em cenas específicas era possível demonstrar uma personagem secundária mais significativa e que não estragaria a continuidade da história!

Trazendo isso para One Piece é como uma fã mulher saber que personagens como Nami e Robin possuem um background incrível, mas se sentir desconfortável por elas serem altamente sexualizadas/objetificadas e tentar expressar que elas são mais que peito e bunda. Entendam, isso não quer dizer que há uma cisão entre gêneros (masculino/feminino), mas é como mostrar que personagens femininos podem ser mais bem desenvolvidas mesmo que o autor seja homem. E aí que entra a liberdade de expressão! Temos a escolha de querer ler essas histórias ou não, mas quem está nesse mundo e compartilha histórias, pode fazer muita diferença sim criar e ler textos em que os personagens secundários (mulheres ou não) tenham mais visibilidade.

E sabe o que é mais legal? Jenkins diz em Invasores do Texto que há sim pessoas que fazem fanfics com um intuito mais ativista, querendo levantar bandeiras para que minorias não sejam esquecidas, mas existem igualmente pessoas que criam fanfics apenas por diversão, sem o intuito de levantar questões de pauta feministas ou sociais. Ou seja, é um espaço aberto para todo tipo de gosto, até mesmo…os mais “polêmicos”, que são os contos eróticos e homoeróticos.

     Eu já passei raiva de ver Nami e Robin só lutando com randoms e tendo poucas participações nas sagas. Creio que muitas outras mulheres devem sentir o mesmo

Quando digo algo de fanfic, ao mesmo tempo os significados também servem para as fanarts, pois possuem a visão do artista em questão para expressar o que a personagem é pra ele. E é igualmente livre, já que temos fanarts com traços bem diferentes que trazem expressões faciais inusitadas para um tipo de personagem (como ver o Zoro fofinho com a cara corada), assim como fanarts sombrias, de casais de todo tipo, coloridos etc. É uma diversidade tão grande que é só fazer as pesquisas no Zero-chan, Deviantart e Artstation que verão de tudo.

O que sempre rende maiores polêmicas e resistência são as fanfics e fanarts homossexuais/homoeróticas, mas elas sempre existiram em qualquer fandom desde o início da década de 1970, iniciando com ninguém mais que Jornada nas Estrelas. É difícil explicar isso em poucas palavras, mas as fanfics e fanarts gays (homem-homem), ao contrário de fanfics sobre personagens mulheres mostrando seu empoderamento que tinham mais cunho feminista, não eram feitos para trazer representação LGBT. Na época, eram textos que serviam principalmente para a quebra de tabu da sexualidade feminina, ainda bastante reprimida nos dias de hoje (eu mesma só fui entender mais meu corpo e o sexo com mais de 20 anos).

         Lembre-se, são interpretações de pessoas que são tão fãs quanto você, que não curte esse tipo de arte

Ao contrário do que muita gente pensa, há mulheres que sentem atração pelo corpo masculino (não pela utilidade, mas de forma sensual mesmo), e os contos criados eram uma forma de colocarem suas visões em relação aos sentimentos, interações e conflitos masculinos, coisa que também é pouquíssimo abordado com os homens. Por exemplo, a interpretação delas é de que um personagem como o Kirk tinha muito mais liberdade e intimidade com Spock, do que com mulheres que iam e vinham durante o seriado de Jornada nas Estrelas. Mas, claro, desde lá, as fanfics homoeróticas não eram bem vistas:

O slash[9] de início foi recebido com resistência notável de fãs, que achavam que os textos eram uso impróprio do conteúdo do seriado e que degradavam a caracterização original. (JENKINS, 1992, p.192)

Mas como bem Jenkins explica, o conto homoerótico é apenas uma entre várias vertentes relevantes de fanfiction. Ou seja, qualquer um aqui pode sobreviver normalmente no fandom sem gostar dele, sem consumir esses textos. Mas eles nunca deixarão de existir, pois são interpretações de diferentes pessoas que expressam o que sentem. Hoje pode ser que haja também criações que também queiram representar o grupo LGBT e a própria indústria audiovisual já não censura essas formas de expressão, independente dos personagens que estão sendo “descaracterizados”.

Da mesma forma que uma pessoa entende que o Law, um personagem sério e ríspido, na verdade pode ser ingênuo e alegre e colocar isso em um texto, outra pessoa pode ver nele características de um metrossexual e aprofundar isso em contos eróticos, seja com personagens mulheres ou não. Isso quer dizer que será uma história coerente ou até mesmo progressista? Não exatamente, isso já são questões subjetivas. O fato é que há uma parcela do fandom que gosta de fanarts e fanfics de romances homossexuais e relações homoeróticas[10], assim como há uma parcela que gosta de hentai e romance heterossexual! Dessa forma, qualquer uma das interpretações pode descaracterizar um personagem, pois basta ser um pouco diferente daquilo que o Oda pensa. Falando em Oda…

       E daí que não é canônico, isso estimula o imaginário das pessoas e isso pode trazer criatividade para diferentes histórias!

Na SBS do volume 82 Oda disse que não se importa que os consumidores de seu produto (querendo ou não One Piece é algo comercial), tenham suas próprias interpretações e fantasias, desde que se divirtam. Isso ao mesmo tempo é sensacional e complicado? Sim, pois nesse caso se dá abertura para pensamentos mais trashs como pedofilia, abuso, fetiches pra lá de esquisitos etc. Mas o importante é saber que o Oda é um autor otimista, portanto, não é como se ele tivesse incentivando crimes e coisas tensas, e sim que realmente não tem como ter controle sobre o que seus fãs pensam e criam. Se o fã tá na paz se divertindo e conseguindo expressar seus sentimentos, Oda já vai ficar felizão, pois os ensinamentos de One Piece, ao menos acredito,  servem mais para melhorarmos como pessoa! Então tá tudo bem se uma pessoa vê o Zoro como um badass e imediato e outra que vê ele amando o Sanji.

Em toda a indústria cinematográfica/audiovisual dos EUA e do Japão, quanto mais as produtoras cerceavam a liberdade de criação do fandom, mais os fãs davam um jeito de compartilhar interesses entre si! Com a chegada da Internet então, isso só cresceu. Portanto, por mais que uma fanfic ou fanart que alguém considere desagradável ou sem sentido foi compartilhada no fandom, é importante que qualquer tenha a consciência que atualmente a diversidade é muito maior e muito mais livre. Há fãs gays, lésbicas, bissexuais, negros, héteros, transexuais e todos são FÃS! Todos têm a liberdade de não gostar de casais, de romance, de ship, só não pode intimidar e faltar com respeito com a parcela do fandom que gosta, não faz sentido querer censurar esse tipo de vertente que existe desde os primórdios dos seriados e tem sua importância!

Ennnnfim, se você chegou até aqui, “pahrabéns”, deixe um “eu li até o final” nos comentários xD! Sei que foi longo, mas tentei enxugar o máximo possível. Até deixei de lado os fãs que criam AMV (fanvídeos com trechos do anime e que contam uma história), mas eles também são sensacionais!! Espero que tenham gostado desse texto diferentão, a gente se vê na semana que vem o>.

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[1] O livro é de 1992 e pode ser adquirido pela Marsupial Editora.
[2] O livro de Jenkins cita vários estudos de caso, mas só foquei em Jornada nas Estrelas durante o texto por ter sido um marco para criação fã. E, apenas para lembrar, a cultura fã começou mesmo na década de 1970, mas foi estudada a partir da década seguinte.
[3] Eu não quis conceituar os termos porque ia bagunçar a cabeça de todo mundo, mas basicamente Jenkins criou conceitos como invasores de textos (que não seriam exatamente piratas, mas fãs que absorviam significados da cultura do entretenimento e recriavam para si e para o fandom), cultura da convergência (que na síntese significa fandom e fãs vs produtores vs comunicação social e a conclusão do relacionamento deles) e cultura participativa (que tem a ver com práticas e ações do fandom para criação de algo maior, que mexe com conceitos de colaboração e cooperação).
[4] Apenas em 1988 que a Internet surgiu fora de centros de pesquisa e acadêmicos e tornou-se interesse comercial.
[5] Junior Fonseca fazia fanzines de Dragon Ball.
[6] Para saber mais sobre a Comiket, recomendo o livro ” Otaku – Os Filhos do Virtual”;
[7] Em Cultura da Convergência, de 2006, Jenkins já faz um panorama do qual as vozes dos fãs são muito mais ativas que antigamente. Dessa forma, diretores e produtores de seriados/filmes/quadrinhos ficam mais de olho em seu próprio público-alvo, agradando e levando em consideração pontos levantados pelo fandom.
[8] Alguns escritores que tiram a atenção das figuras centrais e passam a personagens secundários, geralmente mulheres e minorias que têm pouco tempo na tela. Recomendo lerem o livro para entenderem melhor.
[9] Os norte-americanos apelidaram produção homoerótica de slash.
[10] Sinceramente eu sou muito seletiva ao escolher uma obra yaoi, pois na maioria das vezes tem abuso sexual, submissão e sexo não consentido, e tudo é romantizado. O mesmo acontece com quase 100% dos hentais (por isso prefiro obras de revista seinen). Particularmente não acho saudável, mas há obras como Otouto no Otto e Velvet Kiss que acho bem interessantes (ambos seinens).

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