Formação dos Piratas Spade

Capítulo 3 - Página 51

“Tecnicamente, as ilhas do arquipélago nem são ilhas realmente. Cada uma delas é uma gigantesca árvore conhecida como Yarukiman Mangrove. A terra abaixo de cada árvore só está presa às suas raízes, e é da raiz que se extrai a resina.”

“Ah, entendi. E por não serem ilhas, é possível parar lá sem se preocupar com o Log Pose se atualizando com o sinal magnético,” eu disse, também olhando para o mapa do Skull. Havia setenta e nove ilhas no mapa, todas sendo gigantescas árvores com pessoas vivendo em suas raízes. Era absurdo de se imaginar.

“Já estou de olho em um bom revestidor. Porém, é garantido que ele não vai levar menos do que três dias inteiros.”

“Um atraso de três dias?” Ace murmurou, parecendo incomodado. Ele normalmente não se preocupava com mapas, então ver ele olhando para esse com tamanha expressão de preocupação era como ver um peixe fora d’água. Era a cara do Ace, porém, chamar isso de atraso e não de uma “parada”.

“A comida é boa, pelo menos?” ele perguntou então, uma preocupação que também era bem a cara do Ace.

“O Arquipélago Sabaody é um ponto turístico muito grande, na entrada do Novo Mundo. Tenho certeza que há milhares de lugares com ótima comida.”

“Ahhh, bom saber…” Ace murmurou, mas apesar de sua tentativa de se mostrar sério, eu pude ver que seu semblante já se abria. Ele não conseguia esconder a empolgação com o futuro passeio.

“Então, esse lugar com uma caveira é algo que devemos evitar?” Ace perguntou, apontando para um enorme símbolo no mapa marítimo.

Skull se sentiu ofendido com a pergunta. “O que você quer dizer, Mestre Ace? Esse é o meu símbolo. Em outras palavras, esse é o lugar que eu quero ir. O destino. É para onde estamos indo.”

“Ah… Mas… Eu sou o único que está um pouco preocupado com esse símbolo?”

“Quê? Mesmo?! Tudo bem, então…”

Skull puxou uma caneta, mergulhou a ponta em tinta vermelha, e então desenhou um largo coração ao redor da caveira.

O Ace deu um olhar cético. Não tiro a razão dele.

 

Nosso navio continuou em seu rumo até finalmente chegarmos no Arquipélago Sabaody. Estávamos quase na marca no mapa que o Skull havia identificado como nosso destino. No deck, olhamos para cima, para as majestosas árvores acima.

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